( Achilles F. Abreu )
Somos os dois tão iguais
nós... cais...
linhas da mão...
Somos tão sentimentais
sóis... ais...
em solidão!...
" ...E solidões, você bem sabe:
Não se repartem, como não se somam;
Apenas se colocam
lado a lado... " (1)
- Como um par de brincos!
No trabalho do artesão
Que retorce o metal
E vai polindo o coração
Realiza-se afinal
Dois olhares / solidão:
Você e eu... e o nosso mal!
Estes versos estão estampados na edição de 1985 do autor, à página 9, onde consta a dedicatória: (à Cacilda).
Recordemos Manuel Bandeira: " Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus - ou fora do mundo.
As almas são incomunicáveis.
Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.
Porque os corpos se entendem, mas as almas não. "
(A Arte de Amar)*
* Sob o título A Arte de Amar pode-se ler ainda "Ars Amatoris" - título original, o verdadeiro compêndio escrito por Ovídio (Publio Ovidio Naso) sobre as estratégias e técnicas da sedução; ou ainda "The Art of Loving" - título original, de Erich Fromm, sobre a psicologia do Amor... "um amor que é composto de madureza, auto-conhecimento e coragem"... "a única resposta sadia e satisfatória para o problema da existência humana".
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